quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Youtuber bolsonarista Gabriel Monteiro é expulso da PM por deserção

foto:Reprodução

De acordo com o jornal Extra, Gabriel faltou o serviço para o qual foi escalado no dia 22 de julho deste ano em seu batalhão. O youtuber permaneceu até o dia 31 sem dar qualquer satisfação sobre seu paradeiro à corporação e completou mais de oito dias de ausência, o que configura o crime de deserção previsto no artigo 187 do Código Penal Militar.

No processo de deserção do youtuber consta que houve tentativas de encontrá-lo no endereço fornecido por ele à corporação, mas o atual morador do imóvel informou que o PM não residia naquele local. A decisão de expulsar Gabriel foi do Secretário da PM, coronel Rogério Figueredo.

Após o episódio, o youtuber postou uma mensagem em seu Twitter na noite desta terça-feira. “Não se esqueçam. Deus está comigo contra os corruptos. Aguardem e verão. Servir e proteger”, Escreveu o policial militar que é expulso por deserção pode se apresentar e é reintegrado à corporação para responder, como militar, a processo administrativo e também criminal.

Ainda de acordo com o Extra, Gabriel já respondia a um processo administrativo disciplinar desde março deste ano, ocasião em que teve o porte de arma suspenso. 

O soldado, que tem mais de três milhões de seguidores nas redes sociais e é conhecido por defender o governo Bolsonaro, cometeu uma "transgressão disciplinar de natureza grave", de acordo com a corregedoria da PM, ao tratar "de forma desrespeitosa" o ex-comandante geral da PM coronel Ibis Silva Pereira. O processo administrativo também poderia levar à expulsão de Gabriel.

A decisão foi tomada após sindicância interna e publicada no Boletim Interno da corporação em março. Segundo relatório da comissão de revisão disciplinar, o soldado desrespeitou o coronel em pelo menos duas ocasiões. Em uma delas, o PM gravou um vídeo na presença do oficial e publicou na internet, sem autorização, afirmando que Ibis foi visto entrando em uma área dominada por uma facção criminosa e pergunta: "O senhor é do PSOL, não é? (...) Existe alguma ligação entre o PSOL e a criminalidade da Maré?”. 

fonte:Correio da Bahia - 05/082020

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