O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, foi diagnosticado com coronavírus. A informação foi divulgada pela pasta na tarde desta terça, 4. Jorge Oliveira, segundo o ministério, passa bem, seguirá em isolamento e despachará remotamente. Ele é o oitavo integrante do primeiro escalão do governo a ser contaminado pela covid-19.
Agora, dos quatro ministros que despacham no Palácio do Planalto, apenas o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, não se contaminou. Na segunda-feira, o ministro Walter Braga Netto, da Casa Civil, também foi diagnosticado com covid-19. O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), se infectou em março, após voltar de viagem aos Estados Unidos.
Em julho, o Planalto teve 70 contaminações e registra 178 casos desde o início da pandemia. Os ministros Jorge Oliveira e Braga Netto ainda não foram contabilizados neste balanço. Com 3.400 funcionários, a sede do Executivo não manteve isolamento total durante o período.
Desde o primeiro registro da doença no Planalto, em março, houve um aumento significativo nos casos confirmados do novo coronavírus na sede do Executivo, entre eles o próprio presidente Jair Bolsonaro. Os números passaram de 35 casos em maio deste ano para 108 no início de julho. Depois, em 10 de julho, foram registrados 128 casos e, no dia 31, o número passou para 178. Em um mês, foram 70 novos casos, mais de duas contaminações por dia.
A Secretaria-Geral da Presidência afirmou que, até o dia 31 de julho, do total de quase 3.400 servidores da Presidência da República, existiam 31 servidores em tratamento por casos positivos de Covid-19. A pasta calcula que 147 servidores estão recuperados.
A Secretaria-Geral da Presidência disse, ainda, que mais de 50% dos servidores em trabalho remoto ou em escala de revezamento. "A Presidência da República busca continuamente manter o ambiente de trabalho o mais seguro possível e não hesitará em adotar procedimentos complementares, caso necessário", diz o texto.
O presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com a covid-19 no dia 7 de julho. Por mais de duas semanas, ele mudou a rotina e permaneceu isolado no Palácio da Alvorada, com despachos e reuniões por videoconferência. Na semana passada, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também testou positivo para o coronavírus. Presidente do conselho do Pátria Voluntária, ela também despacha no Palácio do Planalto.
Mesmo após o resultado positivo de Bolsonaro, o Planalto não recomendou quarentena de pessoas que tiveram “simples contato” com o presidente, contrariando o que defendem infectologistas. “A orientação que damos aos servidores é procurar assistência médica quando apresentarem sintomas relacionados à covid-19, para avaliar necessidade de testagem. Nos casos considerados suspeitos, os servidores são orientados a ficar em casa até o resultado do exame”, afirmou o Planalto na ocasião.
fonte:eSTADÃO - 05/08/2020
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