domingo, 6 de dezembro de 2020

Política: Hoje a relação do DEM com o PDT é bem mais próxima do que era há 2 anos, diz ACM Neto

O prefeito de Salvador (BA) e presidente do DEM, ACM Neto, em evento em Brasília (DF)

O prefeito de Salvador (BA) e presidente do DEM, ACM Neto, disse que o partido não está fechado “nem com Doria, nem com Huck, nem com ninguém” para as eleições presidenciais de 2022.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada neste domingo (6.dez.2020), o baiano afirmou que, dentro da sigla, há divergências na estratégia a ser adotada na eleição.

Segundo ele, o partido está dividido entre os nomes do apresentador Luciano Huck, do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), do ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) e até do presidente Jair Bolsonaro.

Hoje, no DEM, você tem pessoas que defendem uma candidatura própria, outras que falam na possibilidade de filiar o Luciano Huck. Temos pessoas que querem o projeto com o Doria, outras com o Ciro Gomes (PDT) e até uma aliança com Bolsonaro. Entendeu?“, disse.

O DEM não está fechado com Doria como não está fechado com Huck nem com ninguém. Estamos absolutamente abertos à construção para 2022“, afirmou.

Questionado pela reportagem se o nome de Ciro Gomes não “desce quadrado” em seu partido por posicionamentos de esquerda, ele disse que PDT e DEM se aproximaram desde 2018,

“Eu, particularmente, gosto do Ciro. Respeito a inteligência e o espírito público dele. Hoje a relação do DEM com o PDT é bem mais próxima do que era há 2 anos. Prova disso é que o PDT ficou com a vice-prefeitura de Salvador. Em Fortaleza, o DEM apoiou a candidatura de Sarto. E o PDT é um partido que tem excelente diálogo conosco no Congresso”, declarou.

ACM Neto disse ainda que, apesar da amizade que mantém com Luciano Huck, a possibilidade de o apresentador ser o nome escolhido pelo DEM está longe de se concretizar.

“Eu tenho uma relação muito boa com o Luciano Huck. É uma pessoa que conhece os problemas do Brasil, tem espírito público. O Luciano pode ser um bom quadro para um projeto político no futuro? Pode. Agora, nada disso pode ser transformado em compromisso político, em discussão sobre filiação partidária, em sinalização de candidatura”, afirmou.

O prefeito de Salvador também comentou as chances de reeleição de Bolsonaro. Segundo ele, caso o presidente aposte no radicalismo, terá uma derrota nas urnas em 2022.

“O presidente vai dar uma nova cara ao governo nesses próximos 2 anos e ter uma postura de moderação ou vai apostar no radicalismo? Não sabemos. Bolsonaro vai perder se apostar no radicalismo”, declarou.


fonte:Poder 360 - 06/12/2020

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