O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na manhã desta 2ª feira (7.dez.2020), menos de 24 horas depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) formar maioria para vedar nova candidatura dele à presidência da Casa, que a candidatura do governo à sua sucessão é contra ele.
O deputado deverá ungir um aliado para concorrer na eleição, que será realizada em fevereiro. Ele citou entre os possíveis escolhidos os seguintes nomes, nessa ordem:
- Aguinaldo Ribeiro (PP-PB);
- Baleia Rossi (MDB-SP);
- Elmar Nascimento (DEM-BA);
- Luciano Bivar (PSL-PE); e
- Marcos Pereira (Republicanos-SP).
“A candidatura do governo é contra o Rodrigo Maia, infelizmente, apesar de tudo o que eu aprovei e articulei para ser aprovado na Câmara dos Deputados”, declarou o atual presidente da Câmara. Ele e Jair Bolsonaro tiveram atritos desde o início do governo.
O atual presidente da Câmara falou em entrevista à GloboNews. O candidato favorito do Planalto é Arthur Lira (PP-AL). Maia citou o adversário poucas vezes na entrevista. “Nossa candidatura não é contra ninguém, não é contra o governo, não é contra o Arthur Lira. Nosso candidato é a favor da democracia, a favor da Câmara dos Deputados”.
As declarações de Maia deixam claro que a ideia de seu grupo político é colar a imagem de Lira à do governo e dizer que representam a independência da Casa. Ele também disse que a decisão do STF deu mais energia para que os deputados que disputam sua bênção se mobilizem na busca de viabilidade eleitoral.
“Agora aqueles 4 ou 5 nomes que tenho no meu entorno estão trabalhando desde ontem com mais energia. Vão unir mais esse grupo. Esse grupo representa um movimento de liberdade, de independência da Câmara contra qualquer interferência de outro Poder.”
“Sem dúvida nenhuma, na minha sucessão, nós precisamos fazer um candidato que garanta esse movimento firme, o movimento que garante a Câmara dos Deputados livre de qualquer interferência de outro poder”, disse Rodrigo Maia.
“Esse movimento que é majoritário na Câmara, foi na última eleição, vai ser agora”, afirmou o deputado.
“Modéstia à parte, dentro da minha presidência foi uma Câmara de bom diálogo, respeito ao Executivo, mas de muita independência. Mesmo no governo do presidente Michel Temer, quando meu partido era aliado do governo do presidente Michel Temer. Agora, mais ainda, pelo perfil que agora mudou e espero que continue assim do presidente da República, mais importante essa certeza de independência”, declarou.
Ele também citou a possibilidade de surgir algum candidato de esquerda em seu campo de influência, o que no cenário atual parece improvável. “Talvez também na esquerda, o PDT possa querer introduzir um nome nesse debate, o PSB, o PT. Porque nós entendemos que nosso campo é o campo que representa essa independência”, disse o presidente da Casa.
fonte:Poder360 -07/12/2020
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