Em entrevista a Cristina Coghi e Plínio Teodoro, no Fórum Café desta sexta-feira (11), o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anunciou que entrará com uma ação na Justiça pedindo investigação sobre o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por Jair Bolsonaro para produzir dois relatórios para “defender Flávio Bolsonaro no caso Alerj”.
“É uma vergonha. Como você pega um orgão de inteligência, financiado com dinheiro público, por todos nós, e coloca a serviço, privado, do filho do presidente. E não bastasse, coloca um órgão pública em serviço privado, o que já seria crime por lei, para colocar por interesse privado criminoso. Na verdade o que a Abin está orientando é como o filho escapar da cadeia pelos crimes que cometeu. Não sei nem como conceitua um negócio desse”, disse Freixo, que acionou a assessoria jurídica do PSOL para entrar com o processo judicial.
“Sobre a Abin proteger criminoso e bandido de estimação do presidente, eu estava lendo antes de entrar no programa, minutos antes, e mandei para minha equipe. A gente está acionando a assessoria jurídica do PSOL para ver que medida podemos tomar. Evidentemente, há uma ilegalidade estampada. Vamos pensar qual é o melhor caminho para a denúncia, mas vamos fazer. A gente não pode ter a Abin protegendo um criminoso, que no caso é o filho do presidente”, ressaltou o deputado.
Freixo, que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2008, afirmou que o caso mostra como o mundo dá voltas.
“É curioso porque meu grande embate com a família Bolsonaro, a vida inteira, foi eles dizendo para mim que eu era protetor de bandidos. Essa é a maior prova que o mundo não é plano, né? Então, quem é hoje protetor de bandido? É o Bolsonaro protegendo seu filho, um bandido”, afirmou.
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