terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Em 2021: BC culpa crise hídrica e falta de insumos por inflação acima da meta

 

O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do SenadoMarcelo Camargo/Agência Brasil

                                

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, atribuiu o estouro da meta de inflação em 2021 a uma mistura de fatores: criação da bandeira de energia elétrica de escassez hídrica, alta das commodities e falta de insumos para as cadeias de produção.

Campos Neto enviou uma carta aberta ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), o também ministro da Economia, Paulo Guedes, para justificar por que a inflação terminou o ano passado em 10,06%, quase o dobro do teto da meta do ano – 5,25%.

Em 2021, o alvo central da meta para a inflação era de 3,75%, com margem de tolerância entre 2,25% e o limite máximo de 5,25%.

O envio da carta é consequência do Decreto nº 3.088, de 21 de junho de 1999. A norma estipula que explicações devem ser fornecidas sempre que a inflação no ano ultrapassar o teto da meta, como aconteceu no ano passado, ou ficar abaixo do piso.

Campos Neto explica que os principais fatores que levaram a inflação em 2021 a ultrapassar o limite superior foram:

  1. forte elevação dos preços de bens transacionáveis em moeda local, em especial os preços de commodities;
  2. bandeira de energia elétrica de escassez hídrica; e
  3. desequilíbrios entre demanda e oferta de insumos, e gargalos nas cadeias produtivas globais.

“O fraco regime de chuvas levou ao acionamento de termoelétricas e de outras fontes de energia de custo mais elevado durante a segunda metade de 2021, resultando em aumento expressivo das tarifas de energia elétrica”, relatou o presidente do BC.

Fonte: Metropoles - 11/01/2022

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