WASHINGTON (Reuters) - Donald Trump Jr. enviou uma mensagem de texto ao então chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, dois dias após a eleição presidencial de 2020, para delinear maneiras de manter seu pai no cargo, informou a CNN, citando uma revisão da mensagem entregue a investigadores do Congresso.
O texto do filho mais velho do então presidente Donald Trump foi enviado em 5 de novembro de 2020, enquanto os votos em vários Estados ainda estavam sendo computados, e apresentava ideias para subverter o processo do Colégio Eleitoral para garantir um segundo mandato para Trump, disse a CNN nesta sexta-feira.
"Temos controle operacional", disse Trump Jr. a Meadows, de acordo com uma análise da CNN da mensagem entregue ao painel da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque mortal do ano passado ao Capitólio.
"Temos vários caminhos, controlamos todos eles", escreveu Trump Jr., delineando um plano envolvendo ações judiciais e recontagens em Estados-chave, bem como listas alternativas de "eleitores de Trump", disse a CNN. Se isso falhasse, Trump Jr. sugeriu que o Congresso poderia votar para reconduzir Trump em 6 de janeiro de 2021.
A grande mídia projetou o democrata Joe Biden como o vencedor de 2020 em 7 de novembro --dois dias após o texto de Trump Jr. para Meadows-- e o Colégio Eleitoral certificou a vitória de Biden em 14 de dezembro.
O Congresso estava prestes a certificar os resultados em 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, forçando os parlamentares a se esconderem e atrasando a certificação por horas.
O painel da Câmara está investigando o ataque, que está relacionado a sete mortes e quase 800 prisões.
Representantes de Trump Jr. não responderam imediatamente a um pedido de comentário. Seu advogado Alan Futerfas disse à CNN: "Após a eleição, Don recebeu inúmeras mensagens de apoiadores e outros. Considerando a data, esta mensagem provavelmente se originou de outra pessoa e foi encaminhada".
Representantes de Meadows não puderam ser contatados imediatamente. Seu advogado George Terwilliger recusou-se a comentar à CNN.
(Por Susan Heavey) -REUTERS-08/04/2022 - 21h:20
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