foto:reprodução/Créditos: Montagem/Ricardo Stuckert/Reprodução/Rede Globo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizou com a jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, que sofreu deboche do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em função de ter sofrido tortura durante o regime militar.
Lula escreveu: “minha solidariedade à jornalista Miriam Leitão, vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável: as torturas e os assassinatos praticados pela ditadura”.
Para Lula, “seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade”.
O filho de Miriam Leitão, o também jornalista Matheus Leitão, agradeceu a manifestação de Lula: “presidente, muito obrigado. Como filho, me emociono. Sua voz branda e firme é muito importante para o país neste momento”.
Piada com tortura
Eduardo Bolsonaro voltou a atacar Míriam Leitão neste domingo (3) em razão de um artigo em que a colunista de O Globo aponta que o ex-presidente Lula (PT) não pode ser igualado ao presidente Jair Bolsonaro (PT) por ter atuado devidamente como um líder democrático. O deputado reagiu debochando da tortura sofrida pela jornalista, reforçando o caráter fascista do clã Bolsonaro.
"Ainda com pena da cobra", escreveu Eduardo em seu perfil oficial no Twitter. A postagem faz referência à tortura sofrida pro Míriam Leitão durante a ditadura militar. Grávida, a jornalista foi colocada nua em um quarto escuro junto com uma cobra jiboia.
A postagem repugnante veio após Míriam publicar o artigo "Única via possível é a democracia". " Como escrevi neste espaço em maio de 2021, não há dois extremistas na disputa, mas apenas um, Jair Bolsonaro. Semana passada, novamente, Bolsonaro provou que ele é um perigo para a democracia", disse.
Conselho de ética
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) revelou, por meio de suas redes sociais, que acionou o Conselho de Ética da Câmara dos Deputado contra Eduardo Bolsonaro após este ter feito uma piada com o fato de a jornalista Miriam Leitão ter sido torturada na Ditadura Militar.
"Miriam Leitão estava grávida quando usaram uma Cobra numa sala escura para torturá-la. Um homem que faz piada com essa situação é desumano, repugnante. Acionamos o Conselho de ética. O deputado Eduardo Bolsonaro, assim como seu pai, precisa responder pelos seus atos", escreveu a deputada.
Fonte: Revista Fórum - 04/04/2022 12h:20
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