Nas escrituras sagradas, encontramos no velho testamento os profetas escolhidos por Deus para guiar o povo de Israel, e em vários momentos do ministério destes homens, denunciaram na frente dos Reis os seus erros perante a condução da nação, arriscando muitas vezes suas vidas ao falar a verdade.
No Novo Testamento, o
próprio Cristo bateu de frente com os líderes religiosos, denunciou o
farisaísmo em que viviam e a imposição ao povo de medidas que eles mesmos não
cumpriam. “Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos
homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para
movê-los”. Matheus23.4NVI.
No Brasil de Bolsonaro, na pluralidade
das religiões, vários líderes de denominações evangélicas, inclusive algumas
históricas, desde a campanha presidencial de 2018, mergulharam de cabeça num
discurso sobre ‘pautas conservadoras’ apresentado pelo então candidato, talvez
por ter o sobrenome de ‘Messias’,
esquecendo-se totalmente que a separação de Estado e Religião no Brasil é um princípio basilar,
visto que o Estado brasileiro é laico
desde a Constituição de
1891, e a atual Constituição Federal
de 1988 consagra essa separação no
art. 19[14].
Em três anos e quatro meses de mandato, o governo recebeu
integralmente o apoio da chamada “bancada evangélica” no congresso, e dos seus
conselheiros religiosos, líderes de ministérios, que devem milhões à União.
No inicio
de março, o presidente, para demostrar força num ano eleitoral junto a esse
segmento num evento no Alvorada, afirmou: “Seria muito fácil estar do outro
lado. Mas, como eu acredito em Deus, se fosse para estar do outro lado, nós não
seríamos escolhidos. Eu falo ‘nós’ porque a responsabilidade é de todos nós. Eu
dirijo a nação para o lado que os senhores assim o desejarem”. Já o líder da
bancada na Câmera, o dep. Sóstenes Cavalcanti (UB) do Rio de Janeiro emendou:
“Evangélicos se sentiram representados nas falas de Bolsonaro”. Diante das
afirmações, são evidenciados a famigerada reforma da previdência, a condução econômica com a volta da inflação, que
tem causado danos extremos à população -
principalmente entre os mais pobres -, a entrega do patrimônio do país, a facilitação
de acesso dos brasileiros às armas de fogo, o aumento do desemprego, os
cortes de investimento na educação em todos os níveis, o desprezo ao meio
ambiente, à cultura, e a incompetência, o negacionismo, e omissão no
gerenciamento da pandemia da Covid-19, que custaram milhares de vidas brasileiras, e completando a lista, o isolamento do país
perante a comunidade internacional. Ou seja, o governo ruim do atual
mandatário da nação tem a benção desse segmento.
E como o
presidente gosta muito de citar o capítulo 8 e versículo 32 do evangelho de
João, juntamente com os fiéis líderes evangélicos, mas, não citam no mesmo
evangelho, em 8:44, o que Cristo diz sobre aqueles que mentem deliberamente,
quanto mais para uma nação.
Pedagogo
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