quinta-feira, 28 de abril de 2022

Eleições 2022: Pacheco sai em defesa das urnas eletrônicas após Bolsonaro propor apuração paralela por militares


                                           foto:reprodução

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), saiu em defesa nesta quinta-feira, 28, da Justiça Eleitoral e das urnas eletrônicas após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sugerir uma contagem paralela de votos controlada pelas Forças Armadas. De acordo com o parlamentar, que também preside o Congresso Nacional, "não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil".

"As instituições e a sociedade podem ter a convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis", escreveu Pacheco no Twitter.

O presidente transformou o Salão Nobre do Planalto em palco de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), à imprensa, e insistiu na retórica anti-Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Batizado de “ato cívico”, o evento foi organizado pelas bancadas evangélica e de segurança pública.

Pacheco saiu em defesa também da Corte eleitoral. "Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado", afirmou. "Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!", completou.

No evento no Planalto, Bolsonaro, além de defender a presença dos militares na apuração dos votos, disse que a possível suspeita dos resultados eleitorais poderia acontecer em relação à disputa presidencial e legislativa. "Não pensem que uma possível suspeição de uma eleição vai ser apenas no voto para presidente, vai entrar para o Senado, a Câmara, se tiver, obviamente, algo de anormal", afirmou Bolsonaro.

O presidente também voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Ex-presidente do TSE, Barroso disse na semana passada que há uma tentativa de se usar as Forças Armadas para desacreditar o processo eleitoral brasileiro.

Depois de um período de pacificidade diante das Instituições brasileiras, Bolsonaro voltou a atacar ministros da Suprema Corte e a colocar em xeque os resultados eleitorais. Como avaliado por especialistas ao Broadcast Político, as movimentações do presidente refletem a tentativa de unir sua base eleitoral e reforçar a presença no segundo turno das eleições.

Fonte: ESTADÃO - 28/04/2022 17H

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