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O senador Flávio Bolsonaro (PL) assumiu a defesa do empresário José Carlo Nogueira Cademartori, dono de um instituto que destoou das demais pesquisas às vésperas do primeiro turno das eleições de 2022, e previu uma vitória larga, por mais de 15 pontos, do então presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre Lula.
O parlamentar ganhou procuração para defender um dos institutos de pesquisa de Cadematori em uma briga contra o Partido Verde (PV) por R$ 633 mil. Segundo o empresário, a quantia deveria ter sido paga por uma pesquisa feita em 2012, durante as eleições municipais em Tocantins.
O processo se arrasta há anos, e Flávio ganhou procuração para atuar pela empresa no Superior Tribunal de Justiça (STJ) no dia 19 de junho. Esta é a última movimentação do processo, que ainda não tem decisão da Corte. A advogada Andrea Nascimento Souza Brito, que atua pelo instituto desde o início do processo, na Justiça de Tocantins, não se pronunciou sobre a contratação do senador.
Nas eleições de 2022, um dos institutos de pesquisa de Cadermatori divulgou uma polêmica apuração, em outubro, antes do primeiro turno, que dava a Bolsonaro 45,4% das intenções de votos contra 30,9% de Lula. Neste cenário, o então presidente teria votação maior do que a soma de todos os outros, e venceria em primeiro turno.
O instituto foi um dos vários que declararam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) financiar suas próprias pesquisas. No caso daquela que deu vitória em primeiro turno, o preço foi de R$ 30 mil. Em 26 de outubro, uma pesquisa de segundo turno do mesmo instituto também dava vitória a Bolsonaro por 48% contra 41% dos votos de Lula.
Procurado pelo Metrópoles, o senador Flávio Bolsonaro não retornou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.
Fonte: Metrópoles - 18/07/2023
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