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O advogado Alexandre Nardoni, condenado pelo assassinato de sua filha Isabella, em 2010, voltou a cumprir pena em regime fechado cerca de três meses após ter sido transferido para o semiaberto. A decisão da Justiça paulista é consequência de um pedido do Ministério Público. A Promotoria questionou o fato de ele ter ido para o regime semiaberto sem ter sido submetido a um exame psicológico, necessário nesses casos.
De acordo com o advogado de defesa, Roberto Podval, Nardoni foi aprovado no exame criminológico, mas não havia profissionais disponíveis para aplicar o chamado Teste de Rorschach, que aponta desvios de personalidade.
No último fim de semana, a Justiça paulista concedeu a Nardoni o direito de passar o Dia dos Pais fora da prisão. A chamada “saidinha“ é um benefício dado a presos com bom comportamento em datas comemorativas.
A “saidinha” de Nardoni teve grande repercussão nas redes sociais. O ministro da Justiça, Sergio Moro, criticou a concessão do benefício em sua página no Twitter, na sexta-feira 9. “No projeto de lei anticrime, consta a vedação de saídas temporárias da prisão para condenados por crimes hediondos”, escreveu o ex-juiz, que pediu ao apoio ao seu projeto anticrime que tramita no Congresso e que trata da questão. O presidnete Jair Bolsonaro também criticou o benefício dado a Nardoni.
O padre Fabio de Mello também usou a mesma rede social para se posicionar sobre o assunto. “Não entendo de leis, mas a ‘saidinha’ deveria ser permitida somente no Dia de Finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram”, postou. Diante das críticas de alguns seguidores, o padre reafirmou sua opinião: “Doentio é matar a filha, jogar pela janela, e anos depois sair da prisão para comemorar o Dia dos Pais.” Em seguida, o padre cancelou sua conta no Twitter.
Outras personalidades do mundo artístico criticaram a decisão da Justiça, como a cantora Marília Mendonça.
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