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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem colocado a culpa do aumento de preços dos alimentos no isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus. Para alguns especialistas, a questão, na verdade, é bem mais complexa.
A declaração do presidente foi dada a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. "O pessoal tem reclamado do preço dos alimentos. Tem subido, sim, além do normal. A gente lamenta isso daí. É uma consequência do 'fique em casa', quase quebraram a economia", afirmou.
Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços de comidas e bebidas estão realmente mais altos. Neste ano, os valores subiram quase 10%, até outubro, para uma inflação acumulada oficial de pouco mais de 2%, obrigando o consumidor a mudar de comportamento nas feiras e supermercados.
O óleo de soja, campeão de 2020, está 77,7% mais caro. O arroz beira os 60% e o tomate encosta nos 50%.
Para o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Felippe Serigati, os aumentos se devem a uma combinação de fatores, como a maior demanda, a queda da oferta global de alimentos e a disparada do dólar, e não ao isolamento social, como disse o presidente.
"É mais forte o mecanismo de transferência de renda, notadamente o auxílio emergencial, que o isolamento social acabou demandando. Naturalmente, aqueceu a demanda por alguns produtos, entre eles, a demanda por alimentos", explicou.
fonte:Cultura.uol.com.br
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