Em manifestação contra o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, integrantes do Coletivo Arte 1, de São Paulo, pintaram a hashtag “#VidasPretasImportam” em uma das pistas da Avenida Paulista, o principal corredor da cidade. A pintura começou na noite desta sexta-feira (20) e terminou por volta das 5h da manhã deste sábado (21).
Conforme informações do portal G1, os manifestantes contaram com o apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que fechou parte da avenida, no sentido Rua da Consolação, para que os pintores pudessem trabalhar durante a madrugada.
Protestos antirracistas foram vistos em diversas cidades do Brasil nesta sexta. Em São Paulo, manifestantes atearam fogo em uma loja da Carrefour.
Em Porto Alegre, a manifestação começou pacífica, mas terminou em confusão, após atos de vandalismo no supermercado onde ocorreu o crime. No Rio, um protesto fechou uma das unidades da empresa.
Repercussão internacional
A imprensa estrangeira repercutiu o caso. “The Wahsington Post”, dos Estados Unidos, constatou que José Alberto foi “selvagemente espancado”, enquanto o diário argentino “La Nación” comentou que o Brasil vive uma “onda de indignação” após um “espancamento brutal” em um supermercado.
O diário espanhol “El País” contou que o crime ocorreu em “uma cidade do Brasil mais branco”, se referindo a Porto Alegre, e também repercutiu a fala do vice-presidente Hamilton Mourão, que afirmou que “não existe racismo no Brasil”.
O francês “Le Parisien” comentou que “é um excesso de emoção e de raiva que se expressa atualmente no Brasil”, lembrando também que o grupo Carrefour tem origem na França. A revista “Der Spiegel”, da Alemanha, afirmou que a “discriminação a pessoas negras é generalizada no país sul-americano”.
fonte: BN- 21/11/2020
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