A Polícia Civil do Estado do Paraná (PCPR) identificou o homem que enviou, na sexta-feira da semana passada, a primeira ameaça de morte aos cinco diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diante da possibilidade de aprovação de vacina contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Segundo a instituição, o autor foi conduzido à PCPR, onde prestou depoimento na última quinta-feira.
O homem não foi preso. Às autoridades, relatou estar arrependido de ter ameaçado, por e-mail, a equipe da Anvisa e também os secretários de Educação e de Saúde do Estado do Paraná. A corporação não deu detalhes da investigação, que segue em andamento.Na mensagem, obtida pelo GLOBO com exclusividade, o remetente afirma que tirará o filho do colégio e o levará para o homeschooling se a Anvisa aprovasse. O ensino domiciliar é proibido no Brasil, mas há um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados.
O homem caracteriza a vacina erroneamente como “experimental” e como "ameaça à saúde e à integridade física" do filho. A afirmação, contudo, não se prova verdadeira, já que os imunizantes foram amplamente estudados e testados e a aprovação conta com critérios rigorosos.
“Deixando bem claro para os responsáveis, de cima para baixo: quem ameaçar, quem atentar contra a segurança física do meu filho: (sic) será morto. Isto não é uma ameaça. Isto é um estabelecimento. Estou lhes notando por escrito porque não quero reclamações depois”, escreve, no e-mail.
Como O GLOBO revelou, a Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal (PFDF) instaurou inquérito para investigar a ameaça de morte pela Anvisa. A agência solicitou segurança à PF para os alvos das intimidações. Questionada pelo GLOBO, a corporação não respondeu se vai atender ao pleito.
Fonte: PORTAL IG - 05/11/2021
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