O Hospital São Rafael (HSR), da Rede D’Or, realizou sua primeira radioembolização hepática em uma paciente. O procedimento, originário da Austrália, é realizado em poucos hospitais no país e agora faz parte de serviços disponíveis pelo HSR na Bahia. O procedimento durou aproximadamente 3h30, com a participação de 12 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos.
A radioembolização é indicada para pacientes com tumores predominantemente hepáticos, em especial os diferentes tipos de câncer, segundo o médico radiologista intervencionista do hospital, Fabrício Mascarenhas. “Esse é um procedimento que requer uma integração enorme de equipes, envolvendo a área administrativa, comercial, alta gestão, medicina nuclear e hemodinâmica”, informa.
Intervenção é feita em poucos hospitais do país e requer equipe experiente, além de tecnologia de ponta - Equipe que participou da cirurgia (Foto: Divulgação) |
A segunda fase é o momento de injeção do rádio isótopo, material importado especialmente para cada intervenção. “Neste caso, fizemos três doses separadas em diferentes áreas hepáticas, cateterizadas de forma seletiva para preservar ao máximo o fígado normal da paciente”, informou o coordenador do Serviço de Medicina Nuclear do São Rafael, Lucas Vieira, que participou do processo.
Segundo a equipe, o paciente ideal para a intervenção é aquele que tem a doença no fígado. O médico responsável precisará avaliar caso a caso para ver a adequação ao procedimento.
Complexo
O médico oncologista Marcos Lyra, integrante da equipe multidisciplinar desse primeiro caso de radioembolização hepática do HSR, endossa a qualificação do hospital e uma nova possibilidade que se abre para pacientes que sofrem de câncer e outras lesões no fígado. “É uma intervenção que poucos hospitais estão habilitados a fazer. Na Região Nordeste, agora com o São Rafael, são apenas três. E o outro hospital da Bahia que realiza essa cirurgia também é da Rede D’Or, o Cárdio Pulmonar. Estamos anunciando no HSR um serviço de referência que está à disposição dos baianos”, diz.
Fonte: CORREIO DA BAHIA - 04/01/2022
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