Imposto por Jair Bolsonaro (PL) como condição para apoio a Ricardo Nunes (MDB), prefeito reeleito de São Paulo, o coronel Ricardo Mello Araújo (PL) promoveu um ataque gratuito, incitando a horda de radicais, contra o padre Júlio Lancellotti.
O ataque ocorreu em um comentário na própria postagem feita pelo PM da reserva no Instagram.
Em passeio pela região da Cracolância, no centro de São Paulo, o vice-prefeito faz politicagem ao dizer que vai "estrangular o tráfico de drogas", além de prometer destruir "hoje os cortiços".
Um seguidor identificado como @drimcordeiro1012 comenta, então: "venha para a nova Cracolândia, que fica no Belenzinho".
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Ao responder o comentário, o vice-prefeito desfere um ataque gratuito a Julio Lancellotti, que desenvolve há décadas um trabalho com pessoas em situação de rua na região central da capital paulista.
"@drimcordeiro1012 culpa do Lancelot, está fazendo um desserviço", respondeu, incitando uma série de ataques ao religioso.
"Em risco"
Em entrevista a Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o padre afirmou que o comentário o coloca em risco.
Lancellotti já foi alvo de um levante de ataques promovido pelo vereador Rubinho Nunes (MDB), principal articulador de Nunes na Câmara paulistana.
"Ele está me colocando em risco. Ao dizer que a responsabilidade é minha, ele autoriza grupos radicais a atacarem a minha casa. Coloca em risco a Pastoral [do Povo da Rua]", disse o religioso.
"Ele é um coronel, ex-comandante da Rota, e uma autoridade constituída. Tudo o que ele fala tem peso", emendou.
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