O presidente Jair Bolsonaro levantou dúvidas sobre a duração da eficácia das vacinas contra a Covid-19 e sugeriu, sem citar fontes científicas para embasar a afirmação, que a proteção só duraria seis meses, enquanto quem foi infectado e teve a doença ficaria imune por um período maior. O presidente citou ele mesmo como exemplo. A declaração foi dada em resposta a um questionamento sobre a quarta onda de contaminações enfrentada por países da Europa. O mandatário concedeu entrevista à Rádio Sociedade da Bahia na manhã desta quinta-feira (25).
Bolsonaro sinalizou que a informação trazida por ele seria “comprovada”, mas não há indícios científicos que confirmem a afirmação. Ele voltou a falar sobre o uso de remédios comprovadamente ineficazes contra a doença, novamente se usando como exemplo. Não citou nomes, mas fez referência a cloroquina e ivermectina ao falar que quando testou positivo para Covid-19 “tomou aquele remédio da malária e aquele para piolho”. “Me dei bem, me safei, e olha que sou grupo de risco”, acrescentou ao citar que tem 66 anos de idade.
Outro argumento repetido pelo presidente foi de, caso o Brasil volte a registrar crescimento de casos, que apenas os grupos de risco fiquem isolados e sob atenção.
Durante a transmissão, Bolsonaro repetiu críticas às medidas de restrição impostas nos estados e municípios e previu que se novas medidas deste tipo fossem adotadas no Brasil, “quebraria a economia de vez”.
Segundo ele, se “lockdowns” forem adotados, isso seria como “dar golpe mortal na economia” e mortes viriam por outros motivos que não a Covid-19. Entre os exemplos citados pelo chefe do Executivo está a desnutrição.
Fonte: BN/reprodução 25/11/2021
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