sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Nos EUA: Pai de Mauro Cid deixa rosto escapar em reflexo de foto usada para negociar esculturas

 Imagem colorida de reflexo onde aparece o pai de Mauro Cid - Metrópoles

foto:reprodução

Investigadores da Polícia Federal (PF) identificaram o rosto do general da reserva Mauro César Lourena Cid — pai do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid — no reflexo da fotografia usada para negociar, nos Estados Unidos (EUA), esculturas recebidas como presente oficial.

Relatos indicam que, ao fotografar a caixa com os presentes para obter avaliação das peças em lojas especializadas, o pai de Cid deixou o rosto aparecer no reflexo, de acordo com inquérito da PF obtido pelo Metrópoles.

A foto foi anexada à operação deflagrada nesta sexta-feira (11/8), na qual o general da reserva, Mauro Cid, assistentes e aliados de Bolsonaro são alvo no caso que envolve os presentes sauditas recebidos durante o governo Bolsonaro.

Veja:

Imagem colorida de reflexo onde aparece o pai de Mauro Cid - MetrópolesImagem colorida de reflexo onde aparece o pai de Mauro Cid - Metrópoles
Mauro César Lourena Cid tentava obter avaliação dos presentes oficiais em lojas especializadas para vendê-los nos EUA

Presentes oficiais ao Estado brasileiro recebidos pelo então presidente Jair Bolsonaro foram extraviados no mesmo voo que o levou aos EUA no fim de dezembro de 2022, dias antes do fim do mandato, segundo trecho de inquérito que o G1 obteve acesso.

Conforme a investigação, estavam no avião pelo menos dois conjuntos de joias e esculturas:

  • Um conjunto com duas esculturas de barco e palmeira, recebidas em novembro de 2021 na viagem de Bolsonaro ao Bahrein; e
  • Um dos conjuntos de joias da Chopard recebidas por Bolsonaro como presente oficial da Arábia Saudita, composto por caneta, anel, abotoadeira, rosário árabe e relógio.

O documento não deixa claro se o então presidente tinha conhecimento das malas.

Entenda a operação


Mauro César Lourena Cid é alvo de uma operação de busca e apreensão, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e deflagrada pela PF na manhã desta quinta-feira (11/8).

A ação tem relação com os presentes recebidos no exterior pelo Estado brasileiro e depois comercializados para lucro próprio. Outros três também são alvo da operação: Mauro Cid, o segundo-tenente Osmar Crivelatti e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.

Fonte: Metrópoles - 11/08/2023

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