O Rio será a sede das Olimpíadas de 2016. Em eleição realizada nesta sexta-feira, 2, em Copenhague, na Dinamarca, a cidade brasileira derrotou Chicago, Tóquio e Madri, ganhando o direito de organizar os Jogos Olímpicos pela primeira vez na história da América do Sul. Assim, o Brasil receberá os dois maiores eventos do esporte mundial num período de dois anos, porque também será palco da Copa de 2014.Apontada como forte concorrente, a norte-americana Chicago foi eliminada logo na primeira rodada da eleição desta sexta-feira, por ter sido a menos votada entre as quatro candidatas. Depois, foi a vez da japonesa Tóquio sair da disputa. Assim, Rio e Madri se enfrentaram na grande final, quando a cidade brasileira levou a melhor sobre a rival espanhola, por 66 votos a 32, e conquistou o direito de receber a Olimpíada 2016, entre os dias 5 e 21 de agosto, e a Paraolimpíada, de 7 a 18 de setembro. Apenas Atenas, na escolha para 2004, chegou a um número tão expressivo de votos - os mesmos 66 da candidatura carioca. A diferença de 34 votos também é recorde, e iguala a de Pequim, eleita sede de 2008 na segunda rodada de votação.
Logo após o anúncio da vitória, o presidente Lula distribuiu abraços em políticos, dirigentes esportivos e atletas da comitiva brasileira. "Estou muito emocionado porque foi um trabalho extraordinário de todos brasileiros que queriam a Olimpíada. O trabalho do governo federal, estadual e municipal com o COB. Hoje, o Brasil conquistou a cidadania internacional. Quebramos o último preconceito. Provamos que temos competência para fazer a Olimpíada", afirmou.A Bahia também pode se beneficiar com a escolha do Rio para os Jogos de 2016. Se até lá o futebol continuar incluído entre os esportes olímpicos, Salvador tem grandes chances de ser uma das quatro sedes do torneio masculino e feminino, junto com São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Isso porque só a final seria no Maracanã e o Engenhão, outro estádio carioca, estaria sendo usado para as provas de atletismo. Já existe até lei aprovada na Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Jaques Wagner. O documento, de número 11.472, entrou em vigor no último dia 15 de maio e disciplina temas como mobilidade urbana e os logotipos oficiais dos Jogos. Entre seus 17 artigos, destaque para o 13, que proíbe a realização de "grandes eventos" de 28 de julho a 20 de agosto de 2016 no município de Salvador, a menos que seja autorizado pelos órgãos competentes.Vitória na quarta tentativa brasileira - Essa foi a quarta ocasião em que o Brasil entrou na disputa para receber uma Olimpíada, depois de duas tentativas frustradas com o próprio Rio e outra com Brasília. Dessa vez, porém, veio a sonhada vitória. Com um projeto consistente, que teve amplo apoio governamental e popular, a candidatura brasileira apostou no ineditismo do evento na América do Sul e conseguiu ganhar o voto de confiança dos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Apesar da forte concorrência de Chicago, Madri e Tóquio, a candidatura brasileira fez uma intensa campanha, principalmente nos últimos dias, já em Copenhague, onde aconteceu a eleição do COI. Comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a comitiva do Brasil tinha ministros, políticos, esportistas e celebridades. O trabalho foi convencer os eleitores da importância que a Olimpíada terá para o Rio e comprovar que a cidade tem condições de cumprir o prometido.
O orçamento do Rio prevê investimentos de cerca de US$ 14 bilhões, divididos entre a organização do próprio evento, a construção de instalações esportivas e as obras de infraestrutura na cidade - dinheiro que virá em grande parte dos cofres públicos. Mas o legado que a Olimpíada deixará foi um dos maiores argumentos da candidatura brasileira, principalmente diante de rivais como Chicago, Madri e Tóquio, potências que não precisam de tantas melhorias quanto o Rio.
Dessa vez, o temor da violência carioca não foi problema. O sucesso dos Jogos Pan-Americanos de 2007, quando o Rio viveu clima de tranquilidade, ajudou bastante nesse quesito. Mas o COI já lembrou que o Brasil terá muito trabalho pela frente, com diversos problemas para serem resolvidos, principalmente na infraestrutura da cidade, e grandes obras a serem realizadas. Portanto, a festa brasileira não pode se alongar muito: já é hora de começar a preparação para 2016.
Logo após o anúncio da vitória, o presidente Lula distribuiu abraços em políticos, dirigentes esportivos e atletas da comitiva brasileira. "Estou muito emocionado porque foi um trabalho extraordinário de todos brasileiros que queriam a Olimpíada. O trabalho do governo federal, estadual e municipal com o COB. Hoje, o Brasil conquistou a cidadania internacional. Quebramos o último preconceito. Provamos que temos competência para fazer a Olimpíada", afirmou.A Bahia também pode se beneficiar com a escolha do Rio para os Jogos de 2016. Se até lá o futebol continuar incluído entre os esportes olímpicos, Salvador tem grandes chances de ser uma das quatro sedes do torneio masculino e feminino, junto com São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Isso porque só a final seria no Maracanã e o Engenhão, outro estádio carioca, estaria sendo usado para as provas de atletismo. Já existe até lei aprovada na Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Jaques Wagner. O documento, de número 11.472, entrou em vigor no último dia 15 de maio e disciplina temas como mobilidade urbana e os logotipos oficiais dos Jogos. Entre seus 17 artigos, destaque para o 13, que proíbe a realização de "grandes eventos" de 28 de julho a 20 de agosto de 2016 no município de Salvador, a menos que seja autorizado pelos órgãos competentes.Vitória na quarta tentativa brasileira - Essa foi a quarta ocasião em que o Brasil entrou na disputa para receber uma Olimpíada, depois de duas tentativas frustradas com o próprio Rio e outra com Brasília. Dessa vez, porém, veio a sonhada vitória. Com um projeto consistente, que teve amplo apoio governamental e popular, a candidatura brasileira apostou no ineditismo do evento na América do Sul e conseguiu ganhar o voto de confiança dos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Apesar da forte concorrência de Chicago, Madri e Tóquio, a candidatura brasileira fez uma intensa campanha, principalmente nos últimos dias, já em Copenhague, onde aconteceu a eleição do COI. Comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a comitiva do Brasil tinha ministros, políticos, esportistas e celebridades. O trabalho foi convencer os eleitores da importância que a Olimpíada terá para o Rio e comprovar que a cidade tem condições de cumprir o prometido.
O orçamento do Rio prevê investimentos de cerca de US$ 14 bilhões, divididos entre a organização do próprio evento, a construção de instalações esportivas e as obras de infraestrutura na cidade - dinheiro que virá em grande parte dos cofres públicos. Mas o legado que a Olimpíada deixará foi um dos maiores argumentos da candidatura brasileira, principalmente diante de rivais como Chicago, Madri e Tóquio, potências que não precisam de tantas melhorias quanto o Rio.
Dessa vez, o temor da violência carioca não foi problema. O sucesso dos Jogos Pan-Americanos de 2007, quando o Rio viveu clima de tranquilidade, ajudou bastante nesse quesito. Mas o COI já lembrou que o Brasil terá muito trabalho pela frente, com diversos problemas para serem resolvidos, principalmente na infraestrutura da cidade, e grandes obras a serem realizadas. Portanto, a festa brasileira não pode se alongar muito: já é hora de começar a preparação para 2016.
Fonte:atardeonline
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