foto:reprodução/redes sociais
A delegada Karen Langkammer (foto em destaque) deverá passar por procedimento cirúrgico após ser baleada pelo agente policial de custódia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Rodrigo Rodrigues Dias na madrugada desta quarta-feira (27/12).
Em vídeo publicado nas redes sociais, a delegada agradeceu pelo carinho e pela preocupação dos seguidores com o caso, e informou que precisou levar alguns pontos no dedo do pé.
“Estou passando agora para dizer que estou bem. Cheguei agora do hospital, finalmente estou em casa. Precisei levar alguns pontos no dedo do pé e ainda vou precisar me submeter a procedimento cirúrgico”.
A delegada foi vítima do disparo de arma de fogo após repreender o agente de custódia por agredir uma mulher em um bar em Vicente Pires. Ele estava armado e acabou atirando no pé da policial.
Câmeras de segurança registraram a cena. Nas filmagens, é possível ver o agente sentado ao lado de uma mulher e um colega. Ele puxa o cabelo da companheira, e os dois passam a se agredir. Logo em seguida, a vítima muda de lugar. Momentos depois, a delegada aparece acompanhada de um homem e passa a repreender o agressor. Os envolvidos iniciam uma briga, e, em dado momento, o agente chega a sacar a arma dentro do bar e ameaça os clientes. Veja:
A Polícia Militar do DF (PMDF) foi acionada. Os PMs viram que o suspeito estava atrás de um carro branco e tentaram negociar a rendição.
O homem colocou as mãos para cima e foi desarmado pelos policiais. Ele usava uma pistola Glock 9 mm e portava oito munições e um carregador.
Rodrigo foi preso em flagrante por disparo em via pública, lesão corporal e vias de fato. O caso, incialmente, foi registrado na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural), mas depois foi encaminhado para apuração pela Corregedoria-Geral de Polícia (CGP).
Assédio
Após a divulgação do caso de violência contra duas mulheres em um bar de Vicente Pires, uma massoterapeuta de 34 anos procurou a coluna para denunciar outro episódio de assédio envolvendo o agente policial. A vítima relatou que em março deste ano procurou a 4ª Delegacia de Polícia (Guará), onde Rodrigo Dias trabalha, para denunciar um caso de importunação sexual.
“Esse policial nem sequer me atendeu, mas se sentiu no direito de pegar meus dados no sistema e entrar em contato para me assediar”, informou. Na conversa a que a coluna teve acesso, o policial chega a falar que a vítima é muito bonita e pergunta se ela é solteira.
Confira:
A massoterapeuta fez uma denúncia na ouvidoria da corporação, que encaminhou o caso para a Corregedoria-Geral de Polícia (CGP). Em abril, a PCDF informou que a 4ª DP se manifestou acerca da reclamação e que o caso seguia em apuração.
Histórico de violência
O agente policial de custódia da PCDF tem outras passagens por crimes de violência contra a mulher. A coluna Na Mira apurou que, em 2018, a então companheira dele, uma sargento do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), denunciou o marido com base na Lei Maria da Penha. Segundo a vítima, o policial é muito possessivo, ciumento e tem problemas com álcool. O casal tem duas filhas.
No dia da agressão, a militar relatou que Rodrigo Dias ficou nervoso, pois ela não o acompanhou a uma festa de família. Segundo a vítima, ele chegou em casa bêbado e muito agressivo. Começou a xingar, agarrou-a pelos braços e deu uma chave de punho.
O homem também tentou enforcar a companheira, mas foi impedido por uma das filhas do casal. A mulher chamou a polícia, pediu medidas protetivas de urgência e foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML). Ainda de acordo com a sargento, ela era ameaçada constantemente pelo marido.
O Metrópoles entrou em contato com a defesa do agente, que informou não se manifestar “acerca de processos em andamento”.
Fonte: Coluna na Mira/Metrópoles - 28/12/2023
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