Ramiro Sanchez/Getty Images
Devido aos estragos causados pelas chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul (RS), há mais de 884 mil pessoas sem acesso à água potável e cerca de 435 mil pontos sem energia elétrica. De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil, na noite dessa segunda-feira (6/5), os temporais já deixaram mais de 153.824 pessoas desalojadas nos 385 municípios afetados.
A crise hídrica é um dos principais desafios enfrentados pela população. A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) tem 884.802 clientes privados de água, o que equivale a 28% do total abastecido pela instituição. Segundo a empresa, as cidades de Alvorada, Cachoeirinha, Sapucaia e os municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre Canoas, Esteio e Viamão estão 100% desabastecidos.
A situação é agravada pela interrupção das operações em quatro das seis estações de tratamento de água da cidade; restam apenas duas em funcionamento: Menino Deus e Belém Novo.
Em Porto Alegre, capital do estado, medidas emergenciais precisaram ser adotadas, incluindo restrições ao uso de água para atividades não essenciais, como lavagens de automóveis, calçadas, fachadas, jardins, salões de beleza, clínicas estéticas, academias e pet shops.
Além da escassez de água, o balanço da Defesa Civil apontou que 175.252 pontos do estado estão sem energia elétrica fornecida pela empresa CEEE Equatorial (9,5% do total de clientes). Já a concessionária RGE Sul registra 260 mil pontos afetados (8,4% do total de clientes). No total, são 435 mil pontos sem energia elétrica.
Resgates
Com a trégua da chuva, prevista para ocorrer somente até esta terça-feira (7/5), as equipes de socorro no Rio Grande do Sul intensificam os esforços para resgatar vítimas isoladas. Segundo a Defesa Civil, há 85 óbitos confirmados, 134 desaparecidos e 339 feridos. No total, 924 mil foram afetados no estado. Cerca de 47 mil estão em abrigos.
Ao todo, mais de 46 mil pessoas e 3,5 mil animais foram resgatados. Ainda são 3,5 mil solicitações de socorro, de acordo com o boletim da Defesa Civil.
Para aumentar a capacidade de resposta, donos de embarcações e motos aquáticas foram autorizados a participar dos resgates, sem a necessidade de ter habilitação. A medida, vinda do Gabinete de Crise do governo estadual, visa acelerar as operações de evacuação e socorro.
Fonte: Metrópoles - 07/05/2024
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