terça-feira, 7 de janeiro de 2025

GCM matou secretário ao saber que deixaria segurança da primeira-dama

                                         foto:reprodução

São Paulo – O guarda civil Henrique Marival de Sousa (foto de destaque), que matou a tiros nessa segunda-feira (6/1) o secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano de OsascoAdilson Custódio Moreira, estava “inconformado” com alterações na composição das equipes de segurança pessoal do prefeito e da primeira-dama, em virtude da nova gestão na prefeitura a partir deste ano. A informação foi relatada à polícia por outro guarda civil, que testemunhou o ocorrido. 

De acordo com o depoimento, obtido pelo Metrópoles, cerca de 17 membros da Guarda Civil foram convocados pelo secretário-adjunto Adilson Moreira para uma reunião na sede da Prefeitura de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, às 15h dessa segunda. O intuito era anunciar as mudanças na composição das equipes – ou seja, quem continuaria na segurança pessoal dos dignitários da prefeitura e quem voltaria aos quadros da Guarda Civil Municipal.

Henrique Marival de Sousa integrava a equipe de segurança da então primeira-dama, Aline Lins, esposa do ex-prefeito Rogério Lins (Podemos). Por isso, quando foi anunciado que voltaria aos postos da Guarda Civil Municipal, Henrique ficou “inconformado”, segundo o depoente. O guarda civil chegou a dizer à testemunha que não achava justa a alteração. No entanto, de acordo com o testemunho, embora “irresignado”, Henrique “não aparentava estar exaltado para além do normal”.

Como já noticiado pelo Metrópoles, Adilson Moreira anunciou, ao fim da reunião, que poderia receber, em particular e separadamente, aqueles que quisessem tratar de algum assunto pessoalmente com ele. O depoente, por ser da classe especial da Guarda Civil, foi um dos primeiros a se reunir em particular com o secretário. Henrique acabou ficando entre os últimos.

Após a reunião, a testemunha se despediu dos colegas. Quando Henrique foi, então, recebido por Adilson, o depoente já havia saído da prefeitura. Minutos depois, via ligação telefônica, tomou conhecimento dos disparos de arma de fogo e voltou ao local.

Segundo ele, que afirmou só ter contato de natureza profissional com o atirador, Henrique era uma “pessoa pacata”.

O guarda civil Henrique Marival de Sousa foi detido no local. O suspeito e a vítima permaneceram por aproximadamente uma hora e meia trancados dentro da sala onde ocorreu a reunião, após Henrique ter montado barricadas no local. Pelo menos 10 tiros de arma de fogo foram disparados.

Segundo o coronel da PM Valmor Racorti, comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, a apuração inicial já indicava que a motivação para os disparos seriam desavenças profissionais e pessoais.

Polícia Civil apreendeu a arma do crime, uma pistola Taurus, calibre .40, acompanhada por dois carregadores, um coldre e diversos cartuchos; oito estojos e quatro fragmentos de projéteis; o celular de Henrique e um simulacro de arma de fogo, encontrado na mochila do atirador, que estava dentro do seu carro. Além disso, foi apreendida uma arma calibre .40 na residência de Adilson Moreira.

O caso foi registrado como homicídio e localização/apreensão de objeto no 5º Distrito Policial de Osasco.

Fonte:METRÓPOLES - 07/01/2025

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