imagem:reprodução twitter
Depois de um almoço classificado por ele como "agradável", o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, publicou em seu perfil na rede social Twitter uma provocação à secretária Especial da Cultura, Regina Duarte. Horas depois, ele apagou. A fundação é um dos órgãos ligados à pasta de Regina, assim como a Fundação Nacional de Artes (Funarte), por exemplo.
"Embora não seja da equipe da Regina Duarte, fui convidado pelo presidente a participar da reunião. Quando cheguei havia uma cadeira desocupada ao lado dele. O lugar estava reservado para mim. Sinto-me honrado! Regina e seus secretários não sabiam que participaria. Surprise! ('surpresa' em inglês)", escreveu Camargo.
O presidente da Fundação foi convidado de última hora para um almoço com Bolsonaro, e pareceu surpreso ao ser informado pela imprensa de que Regina também participaria. "Sim, sim (fui convidado) agora há pouco. Ele me ligou, obviamente aceitei o convite", apontou a jornalistas, completando: "Não me informou nada, apenas me convidou para um almoço".
Depois do almoço, apesar das reiteradas críticas à secretária em sua página no Twitter, Camargo disse que dessa vez "não houve divergências". "Tivemos uma boa conversa", afirmou. Essa foi a primeira vez que tiveram contato após terem sido apresentados rapidamente na secretaria.
Críticas
Com parte das crítica a Regina, em uma publicação em seu Twitter do último dia 1º, feita por outra pessoa e compartilhada por ele, diz que Camargo é o oposto de Regina. "Sérgio é a direita que não cede, que não pede desculpas por estar certo. Regina Duarte é a típica atriz global sonsa, com fala mansa e superficial", traz a mensagem.
Na última terça-feira (4), escreveu: "Bom dia para quem acha que a Cultura deve fazer avançar a pauta da direita conservadora e executar a proposta vencedora nas urnas em 2018". Em outra publicação, pontuou: "Aqui não é a secretária da Cultura. Exonero esquerdistas, nomeio direitistas."
A posse de Camargo na fundação foi marcada por polêmica devido a suas declarações diminuem a luta antirracista, afirmando, por exemplo, que “não existe racismo real”. Ele também já se posicionou contra o dia da Consciência Negra e declarou ainda que a escravidão foi boa porque negros viveriam em condições melhores no Brasil do que no continente africano.
Camargo chegou a ter a posse suspensa pela Justiça. Bolsonaro impediu que ele fosse demitido do cargo e recorreu junto à AGU para que ele pudesse ser nomeado.
Ao tomar posse no governo, Regina classificou Camargo como "problema". Dias antes, Bolsonaro havia publicado uma foto ao lado de Sérgio que, na mesma data, confirmou em uma rede social que iria ficar na presidência da fundação.
fonte:Sarah Teófilo/Correio Braziliense/MSN
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