WASHINGTON - Os serviços de inteligência dos Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira, 30, terem chegado à conclusão de que o novo coronavírus teve origem na China, mas "não foi criado pelo homem, nem modificado geneticamente".
“A Comunidade de Inteligência (IC) também concorda com o consenso científico abrangente de que o vírus da covid-19 não foi feito pelo homem ou geneticamente modificado”, disse o Odni em comunicado.
A conclusão nega teorias conspiratórias veiculadas por ativistas anti-China e alguns apoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, que insinuam que o novo coronavírus foi desenvolvido por cientistas chineses em um laboratório de armas biológicas, do qual acabou escapando.
“A IC continuará a examinar rigorosamente as informações que surgirem para determinar se o surto começou através do contato com animais infectados ou se foi o resultado de um acidente em um laboratório de Wuhan”, acrescenta o texto.
Segundo a imprensa americana, Trump pediu aos serviços de inteligência que determinassem a origem do vírus, atribuído a um mercado de Wuhan antes do surgimento de suspeitas de falha de segurança em um laboratório daquela cidade.
O comunicado público foi divulgado depois que Trump afirmou não descartar a possibilidade de pedir uma compensação a Pequim pela pandemia.
Segundo uma pesquisa recente da Pew Research, 29% dos americanos acreditam que o vírus foi criado em laboratório e, destes, 23% acham que intencionalmente.
Autoridades norte-americanas a par de relatórios e análises de inteligência estão dizendo há semanas que não acreditam nas teorias conspiratórias.
Trump, que culpa a China pela pandemia global, disse nesta quinta-feira que acredita que a maneira como a China está lidando com o coronavírus prova que esta “fará tudo que puder” para impedi-lo de se reeleger em novembro.
Mais de 3,21 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus no mundo, e 227.864 morreram, de acordo com uma contagem da Reuters nesta quinta-feira.
Em uma entrevista concedida à Reuters no Salão Oval, Trump falou da China com dureza e disse que está estudando diversas opções em termos de consequências para Pequim em relação ao vírus. “Posso fazer muita coisa”, afirmou, sem dar detalhes.
fonte: Estadão/AFP e Reuters - 30/04/2020
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