imagem:Site do Confederação
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se envolveu em uma nova polêmica com mais uma de suas declarações nas redes sociais. Desta vez, Weintraub entrou na mira da comunidade judaica.
Isso porque o ministro citou esta quarta (27) como a "Noite dos Cristais" brasileira por causa da operação da Polícia Federal que mirou suspeitos de disseminar fake news - os principais alvos da ação foram bolsonaristas.
A "Noite dos Cristais" a que Weintraub se referiu foi uma onda de violência contra os judeus, ordenada pelo regime nazista de Adolf Hitler, na Alemanha.
"Não há comparação possível entre a Noite dos Cristais, perpetrada pelos nazistas em 1938, e as ações decorrentes de decisão judicial no inquérito do STF, que investiga fake news no Brasil", publicou a Confederação Israelita do Brasil (Conib) em seu site oficial.
O grupo Judeus pela Democracia também se manifestou. "A Noite dos Cristais não foi virtual mas foi o linchamento real a judeus", diz o texto da mensagem. "O objetivo de hoje foi tentar evitar que novas 'noites dos cristais' aconteçam com outros povos e pessoas", acrescentou o grupo.
Confira a NOTA da CONIB divulgada ontem(27) abaixo
Não há comparação possível entre a Noite dos Cristais, perpetrada pelos nazistas em 1938, e as ações decorrentes de decisão judicial no inquérito do STF, que investiga fake news no Brasil.
A Noite dos Cristais, realizada por forças paramilitares nazistas e seus simpatizantes, resultou na morte de centenas de judeus inocentes, na destruição de mais de 250 sinagogas, na depredação de milhares de estabelecimentos comerciais judaicos e no encarceramento e deportação a campos de concentração.
As ações do inquérito, por sua vez, se dão dentro do ordenamento jurídico, assegurado o direito de defesa, ao qual as vítimas do nazismo não tinham acesso.
A comparação feita pelo ministro Abraham Weintraub é, portanto, totalmente descabida e inoportuna, minimizando de forma inaceitável aqueles terríveis acontecimentos, início da marcha nazista que culminou na morte de 6 milhões de judeus, além de outras minorias.
fonte:BN e Site da Conib em 28/05/2020
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