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Atender ao último desejo da mãe, Rasmiye Al-Suwaiti, de 73 anos, que morreu de covid-19 em julho, se tornou uma missão duplamente arriscada para o palestino Jihad Al-Suwaiti e seus irmãos, que tiveram uma atitude ousada e ilegal para tornar a missão possível.
Eles roubaram o corpo da mulher, se arriscando também a pegar a doença, após serem informados pela equipe do hospital que ele não seria entregue à família.
Jihad relembrou o pedido feito pela mãe: “Ela disse: ‘Se eu morrer por causa desta doença, não me enterre em um saco plástico!'”. “Eu a segurei com minhas próprias mãos, cavei sua sepultura e a enterrei do jeito que ela me pediu”, comentou o rapaz.
Segundo informações da rede NBC, a “missão enterro” contou com a ajuda dos irmãos, sobrinhos e amigos, que chegaram em sete carros diferentes para distrair e confundir os motoristas das ambulâncias que os perseguiram depois do roubo do corpo de sua mãe.
O plano da família deu certo, já que as ambulâncias não conseguiram identificar em qual carro estava o corpo de Rasmiye. O corpo da senhora foi levado para Beit Awwa, no sul da Cisjordânia.
Tarek al Barbarawi, diretor do hospital Alia em Hebron, onde o corpo foi roubado, confirmou à NBC que o corpo foi roubado porque seus filhos não queriam que ele fosse embrulhado em plástico.
Com a pandemia da covid-19, novos decretos foram criados para lidar com os mortos pela doença nos enterros muçulmanos, de acordo com o xeque Muhammad Hussein, Grande Mufti de Jerusalém e Territórios Palestinos.
“Esta é uma regra de necessidade e as necessidades permitem proibições, portanto, o falecido não é lavado, nem coberto e é enterrado em um saco plástico”, disse Hussein à agência Reuters.
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