"Lula e Jair Bolsonaro estão cabeça a cabeça. Mas com esta eleição, é um pouco o destino do planeta que está em jogo: apelidada de "os pulmões do planeta" com seus 5.500 milhões de km2, a floresta amazônica é continuamente vítima do desmatamento", diz o enunciado do programa “Quotidien”, que ressalta ainda que "esse fenômeno se acelerou sob a presidência de Jair Bolsonaro, enquanto Lula se apresenta como defensor da Amazônia".
“A razão pela qual todos deveríamos estar atentos a essa eleição é que, de uma certa maneira, é o destino do planeta que vai ser decidido nessa eleição presidencial”, afirma o jornalista Jules Grandin.
O programa ainda mostrou uma cartografia da atualidade mostrando como o desmatamento da Amazônia impacta na mudança climática em todo o mundo e lembra que "a maioria da população reside em grande parte nas costas litorâneas", que seriam as regiões mais afetadas pelo aquecimento do planeta.
O apresentador Yann Barthès lembra que a maior fronteira francesa se situa na Amazônia, com o Brasil - assista aqui (em francês).
Tensão no segundo turno
No geral, a imprensa europeia destaca a tensão no segundo turno da disputa presidencial no Brasil.
"O Brasil está em uma encruzilhada: o político mais popular do mundo [Lula] é seguido de perto por um pária acusado de crimes contra a humanidade. Temos tempos sombrios pela frente", diz o também francês Le Monde.
O El País diz em editorial que "o mundo precisa de um Brasil democrático e próspero" ao falar do segundo turno no Brasil.
De acordo com o italiano Corriere de la Sera, "o que está em jogo no segundo turno é a própria democracia brasileira, em um cenário de polarização que vai aumentar nas próximas semanas".
Fonte: Revista Fórum - 08/10/2022
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