foto:reprodução/redes sociais
O grupo Pró-Armas Brasil realizou um evento na manhã deste domingo (9) em Brasília. No ato do grupo, foi defendido o direito do cidadão de ter armas. Até aí, tudo bem, o Brasil é uma democracia e convive com grupos ideológicos de várias cores.
No entanto, o que realmente roubou a cena no evento - e não foi por um bom motivo - foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, ao discursar, afirmou que os professores são piores do que traficantes e que devem ser vigiados pelos pais.
"Prestem atenção na educação dos filhos. Tirem um tempo para saber o que eles estão aprendendo nas escolas, não vai ter espaço para professor doutrinador tentar sequestrar nossas crianças. Não há diferença entre um professor doutrinador e um traficante de drogas, que tenta sequestrar e levar nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa", declarou Eduardo Bolsonaro.
Grupo pró-armas faz ato a 600m do Congresso
Quem está presente na manifestação dos radicais favoráveis à venda indiscriminada de armas é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado pelo presidente Lula (PT) na eleição do ano passado, que ao se negar a aceitar o resultado fomentou o radicalismo de seus fanáticos seguidores.
“Há centenas de pessoas, não mais do que isso, e também há pelo menos uma centena de PMs, ao redor da manifestação. É algo assustador, porque há exatos seis meses ocorria a tentativa de golpe de 8 de janeiro. E eles descem a Esplanada (dos Ministérios) justamente em direção ao Congresso, mas conversando com um tenente da PM me foi passada a informação de que eles não chegarão perto da Praça dos Três Poderes, ficarão numa área a 600 metros de lá”, disse Mauro.
Nas imagens da manifestação é possível ver várias bandeiras de estados brasileiros, de clubes de tiro e até o pendão do Brasil Império, o que apenas reforça o caráter ultrarreacionário dos militantes que se juntaram para a “celebração” das armas.
A Fórum entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Distrito Federal para pedir esclarecimentos sobre quem autorizou um ato relacionado a armas, e com participantes vinculados a clubes de tiro e com registros de CAC, num local tão próximo ao centro do poder político nacional, sobretudo após os trágicos intentos de 8 de janeiro, assim como para saber qual era o efetivo policial destinado à manifestação. Até o momento não houve retorno por parte da PMDF. O espaço segue aberto para o posicionamento da corporação.
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