Foto: Reprodução / Facebook
O ativista bolsonarista Ernando Peixoto voltou a aparecer neste final de semana com uma manifestação contra o isolamento social e pela reabertura da economia realizada em frente ao condomínio onde mora o prefeito ACM Neto (DEM). Ele é o autor da fake news compartilhada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre o governador Rui Costa e o senador Otto Alencar em relação ao Hospital Espanhol.
Em 2018, Peixoto foi condenado pelo Código Penal por ameaça e pela Lei Maria da Penha por violência doméstica e familiar contra sua ex-namorada. Segundo a decisão condenatória, insatisfeito com o fim do namoro, o réu "ameaçava divulgar um suposto envolvimento homoafetivo entre a vítima e uma professora do colégio onde ambas laboravam".
Na sentença, a juíza Ana Queila Loula ainda diz que a violência moral cometida contra a vítima foi "suficiente para perturbar a liberdade psíquica e a tranquilidade dela, culminando com sua remoção de ambiente laboral".
O currículo judicial dele ainda tem uma decisão com a concessão de medidas protetivas solicitadas por outra ex-companheira de Peixoto que acusava o ativista de ameaça e violência. Também em 2018, a Justiça determinou o afastamento dele do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima, além de proibição de que ele se aproximasse dela e de seus familiares, mantendo uma distância mínima de 200 metros.
Ele também foi proibido de "frequentar o local de trabalho da vítima, caso esta exerça atividade laborativa, assim como a sua residência ou de seus familiares, visando à preservação de sua integridade física e psicológica".
ELEITORAL
Além da Justiça comum, o ativista bolsonarista tem ainda pendências com a Justiça Eleitoral. Candidato a vereador de Salvador em 2016 pelo PMB, ele teve as contas consideradas não julgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A decisão ocorreu "diante da inércia" de Peixoto em prestar as informações necessárias, "impedindo o controle, a fiscalização e a análise da movimentação financeira".
A irregularidade identificada pelo TRE foi a "ausência de instrumento de mandato para constituição de advogado para a prestação de contas". "Em decorrência dessa omissão, o Juízo deve julgar não prestadas as contas, e, como consectário necessário, reconhecer a impossibilidade do candidato obter a certidão de quitação eleitoral durante o período do mandato disputado", diz a decisão.
Peixoto é filiado ao PRTB em Salvador, partido que tem como pré-candidato à prefeitura Cezar Leite. Nas suas redes sociais, Peixeito dá sinais que pretende disputar novamente uma vaga de vereador de Salvador nas eleições deste ano. Apoiador de Bolsonaro, ele também levanta a bandeira do Aliança Pelo Brasil, partido que será criado pelo presidente e ao qual Peixoto demonstra pretender se filiar. Além de 2016, ele foi candidato a vereador também em 2012, pelo PRTB.
A reportagem procurou Peixoto, que não se pronunciou até o momento. Informação do Bahia notícias.
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