terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Próximo presidente do TSE promete combater “populismo autoritário”

                                       foto:reprodução

A sete dias de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin fez um discurso contundente no combate às ameaças à segurança no ciberespaço. Em cerimônia realizada nesta terça-feira (15/2) para falar da transição no comando da Corte, Fachin afirmou que os desafios para os próximos meses são combater ameaças à segurança no ciberespaço, às distorções factuais e às teorias conspiratórias como também o populismo autoritário.

“Paz e segurança nas eleições, com o máximo de eficiência e o mínimo de ruído é o que desejamos. O papel da Justiça Eleitoral não é definir quem ganha, porquanto, a chave do jogo é justamente a incerteza. Eis a tarefa mais importante numa eleição democrática: jogar com as regras do jogo e aceitar o resultado”, declarou Fachin.

Nessa segunda-feira (14/2), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que abordará questões relacionadas à cibersegurança e ciberdefesa em seus encontros com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (16/2), em Moscou.

Fachin, no entanto, ressaltou que o sistema eleitoral sofre riscos de ataques de diversas formas e origens. O ministro chegou a citar a Rússia como exemplo: “Tem sido dito e publicado, por exemplo, que a Rússia é um exemplo dessas procedências. O alerta quanto a isso é máximo e vem crescendo”, ressaltou.

O ministro Alexandre de Moraes, que tomará posse como vice de Fachin, em 22 de fevereiro, afirmou que faz parte de uma transição de continuidade ao trabalho que se iniciou com o ministro Barroso.

Forças Armadas

Segundo apurado pelo colunista do Metrópoles Igor Gadelha, fontes do governo brasileiro explicam que o desejo do presidente Bolsonaro de abordar o tema com Putin se deve à expertise dos russos na área de cibersegurança e ciberdefesa. O país do leste europeu é conhecido por ter um dos maiores serviços de cibersegurança do mundo.

Auxiliares de Bolsonaro dizem que a ideia é discutir uma possível cooperação com o objetivo de que as Forças Armadas brasileiras estejam “mais capacitadas” para proteger a infraestrutura do Brasil na área, considerada “crítica” por integrantes do Palácio do Planalto, sobretudo no ano eleitoral.

As Forças Armadas acompanham, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os testes sobre as urnas eletrônicas. Em uma live na semana passada, Bolsonaro disse que os militares fizeram questionamentos ao TSE sobre “dezenas de vulnerabilidades”. A Corte, no entanto, disse que foram perguntas de “natureza técnica”.

Fonte: Metropoles -15/02/2022 19h:10


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