Os 52 ocupantes do veleiro canadense que afundou na quarta-feira (17) na costa do Rio, que estavam em um navio mercante desde sexta, desembarcaram na Base Naval do Rio, na ilha do Mocanguê, por volta das 16h deste sábado.Os outros 13 ocupantes do veleiro já haviam desembarcado de manhã, pois conseguiram ser transferidos ontem de navios para a fragata Constituição, da Marinha.
As 64 pessoas passaram a tarde resolvendo trâmites no Departamento de Imigração da Polícia Federal. Elas devem retornar a seus países somente na próxima semana.
O Ministério das Relações Exteriores informou que entre os ocupantes do veleiro estavam 47 estudantes de ensino médio e superior. A Marinha afirma que há pessoas de nove nacionalidades: canadense, americana, francesa, polonesa, alemã, japonesa, australiana, mexicana e britânica.
Após o desembarque desta manhã, os sobreviventes contaram ter sentido a agonia de não saber se alguém estava à procura deles por cerca de 30 horas.
Após a Marinha receber um alerta na tarde de quinta-feira (17), um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) localizou quatro balsas com os naufragos por volta das 20h. "Foi o melhor sentimento do mundo [ter visto o avião]", disse a estudante canadense Olivia Aftergood, 16.
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Foto de veleiro canadense que naufragou na costa do Rio; 64 pessoas foram resgatadas
Ela contou que, até a chegada do resgate, estudantes e tripulantes revezaram-se para retirar a água que entrava na balsa e para monitorar o horizonte em busca de sinais de outros navios ou aviões.
O capitão do veleiro Concordia, William Curry, contou que o alerta de tempo ruim recebido pela embarcação não justificava uma alteração de rota. Ele percebeu que a situação era grave por volta de 14h, quando o navio chegou a emborcar 90 graus e a água entrou rapidamente. O motivo, segundo ele, foi uma rajada vertical de vento, fenômeno considerado pouco comum.
De acordo com Curry, a tripulação teve sorte porque, naquele momento, os alunos alunos estavam em sala de aula --o veleiro é um navio-escola. Isso facilitou o acesso de todos ao convés, e eles conseguiram rapidamente colocar coletes e iniciar a operação de enchimento das balsas.
Fonte:Folhaonline
Foto:Antonio Lacerda/Efe
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