Foto: Ana Paula Igual / Funap
Especialistas brasileiros que tentam comprar insumos de empresas na China ficaram alarmados ao saber que os Estados Unidos estão enviando 23 aviões para voltar com toneladas de equipamentos e produtos hospitalares do país. "A notícia mostra que vamos ter sérios problemas de abastecimento", disse o médico Carlos Morel, ex-presidente da Fiocruz. Atualmente, ele negocia a importação de insumos para a fundação e outros órgãos com empresas do país asiático.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, Morel afirma que "a pressão sobre as empresas chinesas está no nível máximo" e, com isso, os preços dos insumos têm aumentado freneticamente. "O capitalismo selvagem vai se impor. Cada país vai querer se proteger", analisou o médico.
Diante do cenário atual, em que a pandemia atinge todos os continentes, as companhias chinesas começaram a avisar que muitos equipamentos, a exemplo de leitos hospitalares, só poderão ser entregues em junho. De acordo com a publicação, o The New York Times divulgou que os voos ordenados pela Casa Branca levaram de volta aos Estados Unidos 80 toneladas de mercadorias. O material inclui 10 milhões de luvas, 1,8 milhão de máscaras, aventais e "milhares de termômetros".
Além disso, o jornal frisa que essa seria apenas "uma minúscula parte" do que hospitais estadunidenses, que já estão em racionamento, necessitam no momento. A estimativa é de que eles vão precisar de 3,5 bilhões de máscaras, caso a pandemia se estenda por um ano. No entanto, a Itália está na frente na fila. A empresa chinesa BYD tem que entregar 40 milhões de máscaras ao país, epicentro da doença na Europa, antes de atender a demanda dos Estados Unidos.
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