sábado, 26 de fevereiro de 2022

Putin ordena “ofensiva total” e aumenta tropas ao redor da Ucrânia


REGIÃO DE BELGOROD, RÚSSIA - 26 DE FEVEREIRO DE 2022: Militares são vistos perto da vila de Oktyabrsky, região de Belgorod, perto da fronteira russo-ucraniana. No início de 24 de fevereiro, o presidente da Rússia, Putin, anunciou sua decisão de lançar uma operação militar especial depois de considerar os pedidos dos líderes da República Popular de Donetsk e da República Popular de LuganskAnton VergunTASS via Getty Images

Sem intenções de recuar, o presidente russo, Vladimir Putin, determinou que as tropas militares façam “ofensivas em todas as direções”. Além disso, o governo aumentou em 50% a presença de soldados ao redor da Ucrânia. A ordem é intensificar a invasão.

As informações foram divulgadas pelo Kremlin, sede do governo russo, em um comunicado oficial neste sábado (26/2).

O Kremlin disse que Putin ordenou que as tropas não fossem adiante na sexta-feira (25/2), mas que voltaram a avançar neste sábado, depois de supostas negativas para uma negociação. O governo ucraniano nega.

Um bombardeio russo matou 19 civis e feriu 73 pessoas neste sábado, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, informou a agência de notícias Interfax.

“100 mil soldados”

A Ucrânia vive o terceiro dia de bombardeios e assiste à presença de militares russos aumentar em seu território. O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoly Tkach, apresentou um balanço sobre os ataques. Agora, segundo ele, 100 mil soldados estão no país.

“As batalhas continuam em todo o território da Ucrânia”, destacou. Neste sábado (26/2), em pronunciamento em Brasília, ele fez alertas para a forte presença militar russa e o risco de um operação falsa.

Segundo Tkach, os serviços de inteligência detectaram o planejamento russo de realizar “ação de bandeira falsa”. A iniciativa acontece quando um exército se disfarça com uniformes e equipamentos de outro para realizar atentados. “Intenção de cometer atos desumanos”, ponderou.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que “grupos sabotadores” estão ativos em Kiev. Ele anunciou que o sistema de metrô está servindo apenas como abrigo para os cidadãos e pontuou que os trens pararam de funcionar.

Os ataques

O bombardeio russo começou na quinta-feira (24/2). Em três dias, ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas. Russos sitiaram a cidade e tentam tomar o poder.

Madrugada de horror

Os confrontos em Kiev atingiram o mais alto nível de tensão na madrugada deste sábado. Rússia e Ucrânia disputam o controle da capital, coração do poder.

Mísseis foram disparados até mesmo em áreas urbanas, o que antes estava restrito a bases militares ucranianas. As sirenes de alerta voltaram a tocar.

Antes o que ficava em discursos político-diplomáticos e bombardeios em campos de batalhas, passou a afetar hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches.

Fonte:METROPOLES/REPRODUÇÃO - 29/02/2022

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