segunda-feira, 7 de março de 2022

Para isolar Rússia, EUA estuda comprar petróleo da Venezuela


Ansa Brasil
                         

                                           

Em mais uma atualização sobre a situação da guerra na Ucrânia, Jen Psaki, secretária de Imprensa da Casa Branca, confirmou que os Estados Unidos pretendem negociar a importação de petróleo proveniente da Venezuela.

Nesta segunda-feira (7/3), em entrevista transmitida ao vivo de Washington, Psaki adiantou que militares norte-americanos estão reunidos com autoridades venezuelanas para discutir um possível acordo comercial. Irã e Arábia Saudita também estão no radar norte-americano.

Essa é uma tentativa americana de isolar o presidente russo, Vladimir Putin, e frear a guerra no Leste Europeu. A Rússia é uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.

A Venezuela é comandada pelo presidente Nicolás Maduro (foto em destaque), considerado um violador da democracia. Até então, este era o principal argumento dos Estados Unidos para não manter acordos comerciais com o país.

Psaki, no entanto, admitiu que o presidente Joe Biden ainda não tomou uma decisão definitiva.

Opep

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Sanusi Barkindo, admite que a entidade precisa ajudar todos os países parceiros, mas avalia que a ameaça russa vai “evaporar” pelo mercado.

Barkindo, em entrevista transmitida ao vivo, disse que trabalha pela estabilidade do preço e que, mesmo se a Rússia sair do mercado, a Opep manterá o fornecimento “confiável”.

O preço do petróleo aproximou-se dos US$ 140 nesta segunda-feira (7/3), nos mercados internacionais.

“Temos o princípio de tentar manter a estabilidade do mercado global, ao mesmo tempo que garantimos o fornecimento para todos. Nossos membros continuam fazendo o melhor dentro das circunstâncias”, frisou.

Reunião de chanceleres

Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pretendem se reunir na quinta-feira (10/3) para discutir, pela quarta vez, um possível acordo de cessar-fogo.

O encontro foi confirmado nesta segunda-feira (7/3). Desta vez, os chefes da diplomacia russa e ucraniana se reunirão na Turquia, considerado território neutro no conflito.

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