Atirador em Kenosha, Wisconsin (Reprodução/Twitter)
Ativistas do movimento negro dos Estados Unidos estão acusando a polícia de Kenosha, em Wisconsin, de ter colaborado com um grupo armado que teria sido responsável pelo tiroteio desta terça-feira (25) durante protesto antirracista na cidade. Segundo informações dadas pelo xerife David Beth, manifestantes ficaram gravemente feridos e uma pessoa morreu no confronto.
De acordo com vídeos e relatos de ativistas nas redes sociais, o homem responsável pelo tiroteio foi identificado pelo nome de Kyle e seria membro de uma “milícia branca” chamada “Boogaloo Boys”. Em um dos vídeos, policiais de Kenosha aparecem agradecendo o grupo pela presença no ato e distribuindo água aos homens armados.
“A polícia em Kenosha, Wisconsin, estava dando água para membros brancos da ‘milita’ e dizendo que ‘apreciavam sua presença’ enquanto agredia os manifestantes. No final da noite, membros da milícia atiraram em manifestantes. Duas pessoas estão mortas, uma no hospital”, denunciou o escritor Frederick Joseph no Twitter.
Em outro vídeo, os supostos milicianos admitem que estão trabalhando com a polícia para realizar o tiroteio na cidade. Imagens também registraram o principal suspeito pelo ataque circulando livremente pelas ruas durante o protesto enquanto carrega um fuzil.
Os atos antirracistas nos Estados Unidos voltaram a ganhar força após o assassinato de Jacob Blake, o homem negro que levou cerca de 7 tiros da polícia após tentar separar uma briga no Wisconsin. Manifestações tiveram início às 20h, aproximadamente duas horas depois do toque de recolher acionado pelo governo.
Os civis que integravam o protesto se reuniram, mais uma vez, ao redor do Tribunal do Condado. A polícia tentou jogar gás lacrimogêneo contra o grupo, afim de dispersar os manifestantes. Vídeos divulgados nas redes sociais ainda revelaram diversas pessoas correndo enquanto os protestos ocorriam. Informações da revista Fórum de 26/08/2020
Assista aos vídeos:
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