© Mauro Pimentel/ AFP/ Marcos Corrêa/PR/VEJA Guerra declarada: ao ser alvo da Operação Placebo, Witzel partiu para o ataque contra o presidente Bolsonaro
Na véspera do afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), o vice-governador Cláudio Castro esteve em Brasília. Castro, que foi alvo de busca e apreensão, chegou à capital federal na quinta-feira 27. Nos bastidores, a informação é que ele se encontrou com o clã Bolsonaro.
Após a briga com Witzel, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscou se aproximar de Castro, como revelou VEJA com exclusividade em 26 de junho. A ponte para a aliança passou pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Os laços de amizade de Cláudio Castro e Flávio Bolsonaro, ex-deputado estadual, se formaram na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O vice-governador começou a carreira como chefe de gabinete do deputado Márcio Pacheco, em 2004. A convivência se intensificou na campanha de 2018 quando o senador foi às ruas pedir votos para Witzel.
Eleito vereador pelo PSC dois anos antes, o vice-governador também caiu nas graças de outro filho de Jair Bolsonaro, Carlos, com quem dividiu o plenário da Câmara Municipal. Bolsonaro, Flávio e Carlos foram filiados ao PSC, legenda de Castro desde 2002.
A guerra entre Witzel e Bolsonaro, ex-aliados, começou no ano passado quando o governador fluminense anunciou que disputaria a Presidência da República, em 2022. De lá para cá, os dois trocaram acusações em público e nunca mais se falaram. Em meio a denúncias de corrupção na área da Saúde, Witzel também caiu em desgraça na Alerj. Dos 70 deputados, 69 votaram a favor do início do processo de afastamento.
Cláudio Castro é músico, compositor e ex-coordenador do Ministério de Fé e Política da Arquidiocese do Rio. Ele e sua equipe acreditavam, internamente, ser inevitável a queda Witzel. Nas redes sociais, Castro evita publicar mensagens de apoio a Witzel.
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