Um médico antivacina foi preso nesta segunda-feira (24), na comuna de Catanzaro, na Itália. Roberto Petrella, de 75 anos de idade, é acusado de homicídio culposo pela morte de um paciente. A vítima foi atendida apenas por telefone e tratada com métodos não científicos, como misturas à base de cogumelos. As informações são do jornal O Globo.
Ginecologista, Petrella atuava na cidade de Téramo. No entanto, ele atendeu pacientes de diferentes regiões da Itália por telefone e também usou suas redes sociais para divulgar "tratamentos alternativos", sem fundamentação científica, para os pacientes.
O suspeito foi colocado em prisão domiciliar após uma investigação do Ministério Público de Catanzaro. Os investigadores realizaram interceptações telefônicas e registraram conversas nas quais o médico não teria diagnosticado corretamente um doente com patologias graves anteriores.
O paciente teve um ataque cardíaco em 2007 e sofria de hipertensão, hipercolesterolemia, diabetes e problemas de próstata. Apesar do histórico médico, Petrella prescreveu tratamento não reconhecido pelos órgãos oficiais da Itália.
De acordo com a investigação, o médico também aconselhou o paciente a adiar a internação. "Não, se você for para o hospital, morre. Eles entubam", diz o médico em uma conversa telefônica interceptada. O paciente posteriormente morreu de ataque cardíaco.
Em 2020, Petrella afirmou que a pandemia é um "hype da mídia" e declarou que as vacinas são inúteis e prejudiciais. Ele também respondeu a um procedimento disciplinar da Ordem dos Médicos em 2019, quando encabeçou uma campanha contrária à vacinação de crianças contra o HPV.
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